Na reta final da gestão do prefeito José Sarto, derrotado nas eleições municipais de 2024, o secretário de governo, Renato Lima, tornou-se alvo de graves acusações envolvendo extorsão de fornecedores da Prefeitura de Fortaleza. Relatos apontam que Renato, utilizando-se de sua posição de poder, teria iniciado uma ofensiva para exigir propinas adiantadas de empresas com débitos pendentes junto ao município. A prática envolveria ameaças de cancelamento de notas fiscais e empenhos, forçando os empresários a cederem à chantagem.
Segundo fontes próximas à administração, os valores das propinas exigidas ultrapassariam 50% dos montantes devidos, prejudicando financeiramente diversas empresas que prestaram serviços à prefeitura. Alguns fornecedores teriam cedido às pressões, enquanto outros preparam um farto material de denúncia que deve ser encaminhado ao Ministério Público nos próximos dias.
Pressa, descuido e repercussões
A “sede” de Renato Lima por recursos nos últimos dias da administração foi tamanha que, segundo relatos, ele passou a agir de maneira descuidada, deixando rastros que podem ser usados como prova. Sua atuação teria irritado não apenas fornecedores, mas também membros da própria equipe de governo, que agora tentam se distanciar de possíveis escândalos.
Além das denúncias de corrupção, espera-se que também surjam acusações de assédio moral e sexual contra o secretário. Informações preliminares indicam que ele já esteve envolvido em situações que podem vir a público com o aprofundamento das investigações.
Em um vídeo recente que viralizou na internet, o prefeito José Sarto aparece tocando violão e cantando, visivelmente embriagado. Ao fundo, Renato Lima é flagrado conversando com outra pessoa, comentando de maneira depreciativa sobre uma mulher, afirmando que “nunca teria pegado”. A gravação intensificou as críticas sobre o comportamento do secretário, reforçando a imagem de descuido que marcou a reta final da gestão.